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sexta-feira, maio 26, 2006

animal de estimação


Todo mundo que me conhece sabe o pânico que eu tenho de cachorros. Num teve terapia, análise, macumba, sessão de descarrego, nada nesse mundo de deus que conseguisse me curar. Olha que eu tentei... as meninas viviam implorando um cãozinho, queriam ter "animal de estimação", que todo mundo tinha menos elas, etc, etc, e a demanda foi tanta que comprei um poodle pra elas ( isso depois da terapeuta me aconselhar, dizendo que seria ótimo para maria júlia "trabalhar" melhor a minha separação ) - imagine ...trocar um cão por outro.... Bom, o cachorro adquirido chamava- se Fênix. Gente, foram os piores dias da minha vida. Eu vivia trancada no meu quarto, em uma casa minima ( foi na época que a gente tava morando no predinho, logo depois do divórcio com o Alexandre). Mesmo tendo feito um portãozinho pra prender ele na área de serviço, o danado do animal sempre dava um jeito de fugir e eu vivia em estado de alerta. Fazer xixi de noite? Impossível ( a casa só tinha um banheiro no corredor). Entrar em casa sozinha? - Nem pensar. Ainda, voces não imaginam quanto custa um cão! Puta que pariu, como eu gastei com aquele bicho. Era para tosar, era para tomar banho, era a ração, tudo comprado em pet shopping.. roupinhas, enfim, ele virou o bêbê da casa e a paixão das meninas.Eu sofria muito. Sério. Seria tragicômica a situação, se não fosse o profundo respeito que tenho pelo meu mêdo! Mas como tudo tem um final, e se é feliz ou infeliz depende do ponto de vista, o cachorro um dia teve uma convulsão. Correria para clínica veterinária, menina chorando, aos berros "salva meu cachorrinho", e eu, no fundo, meio que desconfiada de que o bicho ia morrer.
Não queria parecer insensível, mas quando o veterinário me disse que o animal teria que ficar internado, e QUANDO ME DISSE O PREÇO DA DÍARIA DO PEQUENO CACHORRINHO... SINCERAMENTE? QUERIA MATAR O BICHO COM MINHAS PRÓPRIAS MÃOS....Não foi necessário. O animalzinho faleceu dias depois, me deixando como herança uma conta enorme na clínica, que tive de dividir em vários cheques ‘pré”, muito choro e tristeza pras meninas, e um sorriso inevitável no meu rosto. Finalmente, depois de meses eu iria poder me assentar em qualquer cadeira da casa sem ter de colocar minhas perninhas para o alto.....

2 comentários:

Anônimo disse...

Ydi, vc é um pecinha rara....pior que dá para imgainar todas as cenas e sentimentos que vc descreveu....pois coneço o seu pânico, ou melhor, o da Fátima, o seu deve ser igual...

marilia disse...

é pior...rsss beijos ..quer fazer o favor de escrever o nome gennte.!!!!!